Oficinas
Dramaturgias de Fronteira
com Erika Cunha
dia 06/05/2021 - 18h
20 vagas
Inspirada no processo de criação do espetáculo EXILIUS, esta oficina trabalha a construção de cenas na fronteira entre ficção e realidade. Nesse espetáculo, partimos de um fato verídico: o campo de refugiados Saharauis, localizado no sul da Argélia há 40 anos, um acampamento murado e minado, que separada os 250 mil refugiados de seu território de origem, o Sahara Ocidental. A partir desse fato, criou-se uma personagem que não pode sair de um carrinho mão, sobrevivente de uma fuga: uma figura que não existe, porém, surgida de um fato real.
A ideia dessa oficina é compartilhar este processo de criação e escrita dramatúrgica, oferecendo aos participantes possibilidades de criação para o repertório do ator, em que o desenvolvimento das cenas pode surgir de um fato recente acontecido na cidade, ou também da coleta de informações locais, extraídas, por exemplo, de jornais ou revistas. Entrar em contato com o "real/documental", trazendo para improvisações relatos próprios ou notícias de jornal/rádio/internet, possibilita-nos dialogar com o mundo ao nosso redor e retirar do próprio cotidiano a ação e devolvê-la em forma de poesia, de teatro. Essa realidade ampla acaba por nos presentear com o fato de que o cotidiano está em constante mutação, assim como o teatro e os meios de ensino da arte, provocando não somente quem é participante da oficina, mas também quem conduz a oficina.
Introdução à dança indiana Odissi
com Andrea Albergaria
dia 07/05/2021 - 18h
20 vagas
Nesta oficina os participantes terão contato com algumas estruturas corporais e suas movimentações específicas da geometria da dança indiana Odissi, bem como experimentações de movimentações de olhos, gestos e pés.
A dança Odissi é uma das danças consideradas clássicas da Índia, e é originária do estado de Odisha. Este estilo foi composto nos anos 50, a partir de observações arqueológicas de esculturas de dançarinas, bem como utilização de movimentos advindos das dançarinas rituais maharis, dos acrobatas gotipuas, da dança chhau e do teatro jatra. Surge assim na pós independência da Índia como símbolo artístico do estado e ultrapassa fronteiras atingindo sua internacionalização em palcos de todo o mundo.